O que faço com este meu jeito de criança,
que me faz chorar e esbravejar quando me
tiram a esperança?
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O que faço com este meu jeito de menina,
ainda um pouco acanhada e tÃmida?
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O que faço com este meu jeito moleque que cai, tropeça,
machuca-se e levanta sem medo do que acontece?
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O que faço com este meu sorriso matreiro
que está em mim o dia inteiro?
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O que faço com toda esta ternura que me desloca se eu
não a entrego em permanente doçura?
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O que faço com esta ansiedade, às vezes desenfreada que me
pega de repente e me deixa desatinada?
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O que faço com este amor que transborda que jorra
em mim como uma fonte viçosa?
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O que faço com todo este carinho que tenho
e quero te dar bem de mansinho?
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O que faço com esta alma de adolescente que revira o mundo
e coloca-o de trás para frente?
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O que faço com esta canção em meus lábios, com esta alegria.
incontida e com esta liberdade desprevenida?
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Ai! O que faço ainda com esta paixão, com este amor
que me alucina, que me desatina?
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Com este amor que me vira do avesso, me deixa sem pretexto,
provoca-me o dia inteiro, me seduz e me alucina,
Tornando-me outra vez uma simples menina?
Â
Dou a você como presente, te entrego com todo o meu amor.
em troca desta simples flor que você me entregou
com a alma tão carente